Texto: Ricardo Neto **Foto: Lorenço da Silva
São-Tomé, 24 Mai ( STP-Press) – «O Presidente da República, enquanto garante da Constituição, deve ser o primeiro a usar a sua magistratura de influências para que a constituição seja respeitada» – declarou quarta-feira , Arlindo Carvalho, o porta-voz da oposição são-tomense, PCD e coligação UDD- MDFM.
O líder do PCD, Arlindo Carvalho, na qualidade do porta-voz do grupo fez esta declaração no final de um encontro com o Presidente da República, Evaristo Carvalho, no qual, apelou a intervenção do Chefe de Estado de modo a apaziguar a “crispação” político-institucional entre os órgãos da soberania.
“ Nós do PCD achamos que há um golpe institucional que está sendo levado a cabo e, nós não gostaríamos de acreditar que o Presidente da República fosse um dos colaboradores deste golpe”,- sublinhou Arlindo Carvalho a saída do encontro no palácio presidencial.
“Assistimos a usurpação de poderes” – adiantou, Carvalho concluindo que “essa usurpação de poderes não traz benefício para nossa sociedade” tendo exemplificado, que “ há situação em que tribunal decide, outros órgãos da soberania por disporem de forças impendem uma decisão do Tribunal. Isto não é normal numa democracia”
Tendo alertado para uma alegada “crispação que tem sido alimentada entre os órgãos da soberania” defendeu que “é preciso que se respeite a interdependência, mas respeite cada órgão da soberania com os poderes delimitados na nossa constituição”
Além de ter defendido a necessidade de se pôr termo “a se tipo de relacionamento institucional” Arlindo Carvalho admitiu a hipótese de “ o País poder se descambar”.
Tendo, por isso concluído que “o Presidente da República, enquanto garante da Constituição, deve ser o primeiro a usar a sua magistratura de influências para que a constituição seja respeitada no seu pleno”.
A supracitada “crispação entre os órgãos da soberania” deve-se sobretudo, a exoneração de três juízes do Supremo Tribunal de Justiça através de uma resolução parlamentar, a qual, os partidos da oposição acusam o poder sustentado por ADI de ter “violado” a constituição e as leis bem como “usurpado” os poderes os órgãos jurisdicionais do Estado.
Fim/RN
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Delaração do porta-voz do PCD,UDD-MDFM