Presidente inaugura nova placa dos heróis de 53 e vai influenciar para melhorar subsídio dos sobreviventes

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Texto: Ricardo Neto ** Foto: InterMamata

São-Tomé, 03 Fev (STP-Press)  – O presidente são-tomense, Evaristo Carvalho inaugurou hoje a placa nominal em homenagem aos heróis da liberdade, e prometeu exercer “influência” para melhorar o subsídio dos sobreviventes do Massacre de 1953, recordado, hoje, 3 de Fevereiro, no País.

Depois da tradicional deposição de coroa de flores no memorial dos mártires da liberdade em Fernão Dias, distrito de Lobata, o Presidente Evaristo Carvalho presidiu também o acto de inauguração de uma nova placa nominal erguida no histórico local bem como uma tocha ardente em homenagem aos heróis da Liberdade.

No final da cerimónia, em declarações a imprensa, o chefe de Estado são-tomense sublinhou que “o massacre de Batepá (1953) representa um marco histórico do povo são-tomense, pela preservação da sua identidade nacional e da liberdade”.

“ É bom que todos nós, geração presentes e futuras continuemos a honrar este acto” disse Evaristo Carvalho tendo acrescentado que “ recordar os nossos antepassados que deram as suas vidas em conflito com o poder colonial” para a conquista da liberdade e da independência do País.

Questionado pela imprensa sobre o valor de um subsídio que o Estado tem atribuído aos sobreviventes do Massacre de 1953, Evaristo Carvalho disse que “ a medida que o nosso orçamento melhore, farei a minha magistratura de influência para que este subsídio, cada dia, seja melhor”.

( Pode ouvir PR )

Também em declarações a imprensa, o primeiro-ministro, Patrice Trovoada o dia um simbolismo de “união e Paz” tendo defendido a necessidade de se “continuar a render homenagem aos heróis da liberdade” para depois considerar de “impressionante a mobilização” da marcha da juventude que esta manhã saiu da capital ao local do acto.

Além da tradicional marcha da liberdade a cerimónia ficou marcada com hastear da Bandeira Nacional, momento de orações e cânticos das confissões religiosas, nomeadamente Adventista e Evangélica, a entrega de tela pintada seguida de um almoço de confraternização com os sobreviventes.

A data simboliza a determinação, o patriotismo e coragem de muitos compatriotas são-tomenses que contribuíram com ações de revolta, outros com a própria vida, para a germinação da liberdade, tendo como prelúdio os acontecimentos do histórico 3 de Fevereiro de 1953, que culminou no dia 12 de Julho de 1975, com a proclamação da Independência Nacional de São-Tomé e Príncipe.

Segundo os historiadores, estima-se que pouco mais de mil nativos da ilha de São-Tomé foram torturados até a morte durante a ofensiva militar do então governador português Carlos Gorgulho, numa tentativa de contratação para trabalho forçado nas plantações de cacau e café.

Os acontecimentos do Massacre-53 também apelidado de Massacre de Batepá bem como Guerra da Trindade ou ainda, simplesmente de 03 de Fevereiro, tiveram maiores proporções em Batepá e Trindade, cidades do distrito Mezochi, ondem deram-se início a violência e a tortura que culminavam em sangue e morte, na histórica zona de Fernão Dias.

Fim/RN

2 COMENTÁRIOS

  1. No dia 3 de fevereiro, celebramos o massacre de Batepá, em que vários cidadãos nacionais, foram massacrados até a morte, pela administração Portuguesa na altura ano 1953, a mando do então governador Carlos Gorgulho, aliás uma pratica da aventura (descobrimentos, que no fundo nada descobriram, pois a havia lá povos, escravizaram, venderam, espoliaram) Portuguesa, Espanhola, Inglesa, Alemã, Francesa, e muitos mais em África .

    Num dos trechos da noticias acima podemos ler que muitos, participaram na marcha até Fernão Dias.

    No dia 01.02.2018, no telejornal da TVS, houve uma reportagem sobre uma família, mãe solteira com 6 filhas, que estava doente, passa fome, esta prestes a ser despejada na rua, tem uma recém nascida que não consegue alimentar, o caso tinha sido descoberto pelos membros de corpos de escutas da Igreja que alertam a TVS e emitiram vários pedidos de ajuda. Esta é uma dentre muitas situações desta realidade que se passa no seio País(Território/População/Administração).

    No natal as autoridades desdobram perante escolas a dar presentes, cabaz de natal etc, etc, etc,…perante tais realidades, não somos capaz de nos mobilizar para darmos uma respostas mais célere, organizada de modo a debelarmos no futuro estas situações, pois trata-se de vidas humanas.

    Aliás nós enquanto País(Território/População/Administração), Estado, devemos primar no presente por organização do Estado, que permita o controlo destas situações.Ex; está mãe se tivesse que apresentar a consulta de pediatria, de maternidade, se tivesse medico de família, o acompanhamento desta situação séria diferente, estas crianças certamente não vão a escola, devem passar fome , miséria, viver na pobreza, com varias necessidades, enquanto alguém ri, nas inaugurações, cortes de fitas, nas entrevistas, nos discursos, etc, etc….

    As respostas a estas situações devem ser cada vez mais institucionais, antes de sociedade civil, responder aos apelos.

    Hora aqui está uma boa razão para que todos nos SãoTomenses possamos unir realizar uma marcha e ajudar esta mãe solteira, e estas crianças, darmos a mãos sermos solidários, mesmo com pouco que temos.

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tome e Príncipe

  2. Quem diz a nível da instituições da saúde, diz do emprego, segurança social, da educação, porquanto devíamos nos organizar melhor de forma a permitir saber que cidadãos estão desempregados, a composição dos agregados familiares, grau de parentalidade, se os filhos frequentam ou não as escolas, se os pais estão empregados, se vivem numa habitação, se têm medidos, ou frequentam consultas de acompanhamento planeamento familiar, etc,…

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