São-Tomé, 12 Jan (STP-Press)- A Assembleia Nacional, de São-Tomé e Príncipe decidiu quinta-feira suspender uma sessão parlamentar por alegada pressão dos deputados da oposição em protesto a presença policial nos perímetros da sede do parlamento.

Tudo começou com acesas trocas de acusações entre os deputados do poder e os da oposição logo no período antes da ordem do dia, com os ânimos a se exaltarem quando a oposição decidiu reclamar pela presença dos agentes policias que se encontram nas periferias da casa parlamentar.

Em declarações a imprensa, um dos deputados da bancada da oposição, Danilson Coutú do partido PCD disse que “ para nós é um desrespeito trabalharmos sobre pressão debaixo de arma de fogo”.

“Nunca tínhamos visto um caso em que houve um cerco à Assembleia como aconteceu hoje” – sublinhou Danilson Coutú em contestação a presença policial.

Um outro deputado da oposição, Jorge Amado do MLSTP-PSD teceu duras críticas contra o poder sustentado pela maioria do partido ADI tendo acusado o primeiro-ministro e o presidente da república de desrespeitarem a constituição da república.

Já o deputado do ADI no poder, Levy Nazaré disse que a mesa da Assembleia agiu “bem” em suspender os trabalhos uma vez que os deputados da oposição falavam de “morte, assassinato” com “insultos” e “ameaças”, tendo declarado que o reatamento depende agora do restabelecimento de “condições de segurança” para a continuidade e conclusão da sessão.

Questionado pela imprensa sobre a suspensão parlamentar, o primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada condenou a atitude dos deputados da oposição e felicitou os da bancada do poder pela serenidade demonstrada, tendo sublinhado que o parlamento encontrará “melhores condições para que a democracia possa funcionar”.

Admite-se que os ânimos se exaltaram na casa parlamentar como consequência da questão relativa a nomeação de cinco juízos para o novo Tribunal Constitucional como um dos pontos da ordem do dia muito contestado pela oposição, nomeadamente, MLSTP-PSD, PCD e UDD que acusam o poder (ADI) de ilegalidade e violação da constituição da república.

Fim/RN

 

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