São-Tomé, 11 Out (STP-Press) –  O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, terça-feira no programa 50 minutos da TVS disse acreditar numa maioria absoluta do seu partido ADI nas próximas legislativas de 2018, tendo, por outro, admitido a possibilidade de eventual coligação com um “novo”  MLSTP-PSD de “caras novas ”, e anunciou estar aberto à todos  são-tomenses, sem qualquer distinção partidária, em prol do desenvolvimento sustentável  do País.

Questionado sobre uma possível reedição de uma maioria absoluta do seu partido ADI, nas próximas legislativas de 2018, Patrice Trovoada respondeu que “acredito que sim”, tendo reafirmado que “ do ponto de vista objectivo acredito que sim”.
Refletindo num cenário de ausência de uma maioria absoluta nas próximas legislativas, o líder do ADI admitiu a hipótese do seu partido ADI poder estabelecer uma eventual coligação governativa com um “novo” MLSTP-PSD, mas, não com a atual direção.
“ Só se surgir um novo MLSTP-PSD com caras novas, com atitude nova”- respondeu Patrice Trovoada a questão sobre uma eventual coligação, tendo acrescentado que “ se eu tenho que sonhar, é, com um outro MLSTP, com uma outra postura, com outras caras”.

Tendo manifestado a total abertura do seu governo face a contribuição de todos os são-tomenses no processo de desenvolvimento do País, o líder do ADI disse que “ vou continuar a dar sinais de abertura até as eleições, porque ADI tem de crescer e o governo tem de granjear apoio por parte do povo”.
“ Todos aqueles do MLSTP-PSD ou do PCD que sabem trabalhar e querem trabalhar para São-Tomé e Príncipe são bem-vindos” – disse o primeiro-ministro, tendo acrescentado que “ vamos juntar as boas pessoas, quem tem partido, quem não tem partido…porque é preciso continuarmos a trabalhar… e, não é fácil governar um País como São-Tomé e Príncipe”.

 

Questionado sobre a sua relação com algumas figuras públicas do País com as quais se relacionava e hoje tem-se deparado uma certa letargia de contacto, Patrice Trovoada sublinhou “ se eu ofendi, magoei, eu peço desculpas” tendo sublinhado que “ é muito triste quando um problema pessoal prejudica uma Nação”.
Tendo declarado que a disputa das próximas legislativas de 2018 será entre o seu partido ADI e a Troika, formada pela oposição, Trovoada no seu argumento disse que “ se olhar aquilo que a Troika fez nos últimos anos e aquilo que nos fizemos (ADI) em três anos. As pessoas podem comparar o que conseguimos, nomeadamente, a electricidade, estrada, água potável, reformas….”.

 

Ainda no seu argumento, acusou que a posição de não ter apresentado “nenhuma alternativa nem inovações”, tendo se limitando apenas aos ataques pessoais, com “ a única linguagem de acabar com Patrice Trovoada”, sem qualquer proposta de solução para os problemas com que o País se confronta.

 

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