São-Tomé, 04 Mai (STP-Press) – O Primeiro são-tomense, Patrice Trovoada reagiu hoje as críticas e denúncias sobre alegada “pressão” e “censura descarada” na comunicação social e acusou o presidente da Associação de Jornalistas, Juvenal Rodrigues de não ter legitimidade para falar de liberdade de imprensa.
No seu discurso quarta-feira por ocasião do dia internacional, o presidente da Associação de Jornalistas são-tomenses, Juvenal Rodrigues denunciou a existência de “pressão” e “perseguição” contra jornalistas, “cujos rostos não são militantes ou simpatizantes do partido no poder”, através de “descarada censura que descaracteriza as matérias produzidas” por profissionais de imprensa.
Reagindo as críticas, o primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada pôs em causa a legitimidade do líder da Associação de jornalistas de falar de liberdade de expressão, tendo recordado que Juvenal Rodrigues, ex director da televisão são-tomense, TVS havia orquestrado censura ao serviço do então governo da Troika.
“ Eu quero dizer que no caso do Presidente da Associação, Juvenal Rodrigues, que quando regressei ao País em 2014 de um exilo de dois anos como presidente do ADI, com milhares de pessoas no aeroporto …nesse dia o Senhor Juvenal Rodrigues não passou nem um meio minuto desta notícia … por isso, não sei qual a legitimidade deste indivíduo vir falar de liberdade de imprensa”- desabafou Trovoada.
“É evidente que não há censura em São-Tomé e Príncipe” disse Patrice Trovoada, tendo acrescentado que “ é o momento de nós ultrapassarmos isto tudo, os rancores, as frustrações e olharmos para frente” na perspectiva do desenvolvimento do País.
Dentre as críticas e as acusações Juvenal Rodrigues considerou a situação complicada e atentatória a liberdade tendo sublinhado que “o País vive num estado de exceção disfarçado, porque há comissários políticos e agentes que gravam conversas, mesmo em ambiente de convívio” ao serviço do Poder.
Em gesto de alerta o Primeiro-Ministro, Patrice Trovoada sublinha que “ nós sabemos o que está por detrás disto tudo.
Fim/RN