Texto: Ricardo Neto ** Foto: Lourenço da Silva
São Tomé, 12 Jun 2020 (STP-Press) – O governo são-tomense pretende trocar o Estado de emergência por calamidade e criar um Banco de Fomento para mitigar os efeitos negativos da pandemia de Covid-19 e alavancar a economia do País, anunciou quinta-feira, o porta-voz do executivo, Adelino Lucas.
Lucas que exerce as funções de Secretário de Estado para comunicação social fez estas declarações no balaço da reunião dos órgãos de soberania, presidida pelo Presidente da República, Evaristo Carvalho, sobre a evolução da pandemia do coronavírus [ a Covid-19 ] no País.
O porta-voz sublinhou que “concluiu-se que este é o último estado de emergência, que termina no dia 15 deste mês, e a partir daí será decretado, provavelmente, o estado de calamidade que poderá acontecer em várias fases”.
Tendo admitido que o estado de calamidade poderá ser aplicado “em três ou quatro etapas”, Adelino Lucas explicou em momento próprio o executivo anunciará “as medidas de restrições que deverão continuar em vigor e outras que deverão ser levantadas”, num processo paulatino e que deverá culminar com e a abertura dos espaços aéreo e marítimo, dependendo da evolução da doença.
Tendo-se referido a necessidade da retoma da vida económica, o porta-voz sublinhou que “ uma atenção particular será dada ao sector privado”, acrescentando que “o governo continuará a desenvolver esforços junto das empresas para minimizar os efeitos negativos desta pandemia”
Lucas revelou ainda que “o ministro das Finanças anunciou uma proposta de criação de um banco de Fomento na perspectiva de vir a mitigar os impactos negativos da Covid-19, junto do privado, acrescentando que “propõe-se para este processo a taxa de juro que não será muito alta que se situará de 3 a 6 % para que de facto tentemos de uma vez por toda alavancar a economia”.
Quanto a entrada em funcionamento do laboratório PCR no País, Adelino Lucas disse que “ o laboratório já está no País, já está montado, falta a necessária calibragem e aguarda-se a todo momento que da parte da OMS, já não é um problema do governo exclusivo, mas da parte da OMS para fazer deslocar ao País mais um expert na área e, sobre esta matéria o governo assumiu fazer deslocar um especialista o mais rapidamente possível para dar resposta a esta demanda”.
Tendo-se concluído que foi “ponto assente” que “há uma tendência crescente de casos de infeção” no País, o porta-voz do governo defendeu a necessidade do cumprimento da obrigatoriedade do uso das máscaras, distanciamento social, higienização e outras medidas para evitar a contaminação da doença.
As últimas estatísticas sobre evolução da doença no País dão conta da existência de 639 casos positivos por acumulação sendo, 463 em isolamento domiciliar, 8 internados no hospital de campanha, 156 recuperações bem como o registo de 12 mortos por acumulação.
Fim/RN