Por: Ricardo Neto, jornalista da Agência de Notícias STP-Press
São-Tomé, 27 Mai ( STP-Press ) – A nova direção do ADI liderada por Agostinho Fernandes considera “ilegítima” a suposta expulsão de alguns dirigentes por terem apoiado o congresso, tendo declarado que a comissão de gestão “não tem legitimidade para organização da comissão política, conselho nacional, nem deliberar sobre os militantes”, de acordo com um comunicado do partido enviado esta manhã a STP-Press.
“ O acto de expulsão é ilegítimo e só engaja os subscritores” – lê-se no documento sublinhando que “ a suposta decisão de expulsar os membros da Comissão Política é uma mera ação de meia dúzia de cabeças desnorteadas num acto de desespero, serviu mais uma vez para demonstrar a má-fé e a falta de capacidade de liderança da antiga comissão de gestão do grandioso ADI”.
O comunicado da nova direção do ADI acrescenta que a comissão é uma estrutura ad’hoc, cujo, mandato se circunscreve na organização do congresso e na gestão administrativa do partido e, “não sendo, por conseguinte um órgão estatutário não tem legitimidade para organizar a comissão política ou conselho nacional, nem decidir ou deliberar sobre o partido ou seus dirigentes”.
“ A aplicação das sanções é da competência da comissão política mediante a proposta de sanção apresentada pela comissão de jurisdição e controlo no âmbito de um processo disciplinar” – acrescenta o documento.
O comunicado diz ainda que “ os ora visados militantes e dirigentes do partido ADI não cometeram nenhum acto que viole os estatutos, mas sim, agiram manifestando a sua opinião e participando no sentido de reforçar a coesão, a unidade, e democratização e organização do partido”.
Além do deputado, vice-lider parlamentar e vice-presidente do partido, Ekneide dos Santos, o documento foi assinado ainda por outro vice-presidente do partido, Alvaro Santiago bem como a vice-presidente do secto feminino, Arlete Zeferino e Presidente do sector da Juventude, Watson Almeida.
A nova direcção do ADI, liderada por Agostinho Fernandes foi eleito sábado por aclamação, em congresso extraordinário marcado pela ausência dos apoiantes do presidente cessante Patrice Trovoada, a quem o novo líder manifestou “profunda gratidão” e defendeu “consenso e entendimento” para “fazer o partido avançar”.
Fim/RN